Muda de brinco-de-princesa (Fuchsia sp. ) |
Já faz um bom tempo que venho tentando controlar os ataques das formigas à algumas plantas específicas na sede do Instituto Orbis, que fica no Centro de Caxias do Sul.
Já tentei diversas coisas. Chá de macela (ou marcela, como muitos a chamam), infusão de fumo em corda (que consegui em Minas Gerais, ou seja, o legítimo!), amontoados de grinfas (as folhas secas das araucárias). Me falaram em chá de arruda e para enrolar fios de lã na planta que eu gostaria de proteger, mas esses dois processos nem cheguei a tentar, já desestimulado pelo chá de macela e pelo amontoado de grinfas que não deram os resultados que eu esperava...
Ah, também me passaram uma oração da Seicho-no-ie, mas essa ficou de antemão fora de cogitação pois um princípio primordial já me faltava: a crença de que daria certo.
Ah, também me passaram uma oração da Seicho-no-ie, mas essa ficou de antemão fora de cogitação pois um princípio primordial já me faltava: a crença de que daria certo.
Não pretendo de forma alguma matar as formigas! Só gostaria que o convívio fosse mais tranquilo.
Passei meses procurando soluções naturais e que não envenenassem o ambiente. Nada químico-humano! E tentando, na medida do possível, encontrar algo que não desse tanto trabalho.
Pois bem, qual não foi a minha surpresa quando me dei por derrotado pelas formigas e acabei transplantando as plantas (duas mudas de brincos-de-princesa - Fuchsia sp.) para outros locais dentro do mesmo pátio. Coisa de dez metros distância. Acidentalmente acabei colocando uma das mudas perto de uma aranha residente. A espécie ainda não consegui identificar com certeza. Pelo que notei, até agora, já que ela não me pareceu que esteja adulta, é uma aranha-de-jardim (Lycosa sp.), nativa daqui do Rio Grande do Sul. Atenção: essa aranha é venenosa e pode causar consequências mais graves à nossa saúde, especialmente às crianças. A maneira de lidar corretamente com esses animais é deixando-os no ambiente natural e não os incomodando! Se você ver uma aranha-de-jardim ou chame alguém para retira-la do local onde está (pode até ser eu mesmo!) ou deixe ela onde está e não se apresente, jamais, de maneira que ela entenda como hostil. O animal revidará tentando proteger a sua própria vida. (Veja aqui no site do CIT - Centro de Informação Toxicológica do Estado do Rio Grande do Sul quem é esse animal
http://www.cit.rs.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=52:aranhas&catid=4:animais-peconhentos&Itemid=31 e previna-se de acidentes).
Pois bem, continuando minhas observações não-científicas, ocorre que justamente essa planta que foi por meses a fio alvo de ataques de formigas, agora está crescendo belíssima e livremente, ao lado de uma aranha-de-jardim que "mora" por ali. Mas que beleza!
Sem intoxicações ambientais, sem ter que deixar qualquer coisa estranha ao ambiente, totalmente natural, exatamente como é na própria Natureza.
Ainda tenho que fazer análises por mais tempo, pois quando pensamos que espantamos as formigas, elas retornam (só esperam que as folhas das plantas cresçam novamente) e retiram 100% das folhas de determinadas plantas, que elas escolhem, para a sua própria criação de fungos, o alimento delas (não as folhas em si. As formigas, em última análise, já conhecem a "agricultura" há muito mais tempo que os seres humanos).
Retornarei com o assunto e com o desenrolar da história toda. Resolvi postar aqui pois já faz algum tempo que não há nenhum ataque de formigas a essa planta e ela já apresenta folhas com vigor impressionante.
Nada como deixar a Natureza fazer a sua parte! Lembre-se que esse serviço da Natureza além de não ter qualquer envolvimento com materiais humanos extremamente tóxicos (como formicidas), é gratuito, ainda por cima.
Lindo tudo isso, não! Tomara que minhas observações estejam certas...
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